Iniciada em 2019, a pesquisa “Pessoas LGBTI+ em Privação de Liberdade” foi uma iniciativa desenvolvida em parceria entre a UNIperiferias/IMJA, Observatório de Favelas eUniversidade de Dundee (Reino Unido). A pesquisa recebeu apoio financeiro do Scottish Funding Council e do Global Challenges Research Funding (Reino Unido) e dialoga com outros estudos realizados na Índia e no Reino Unido, sob coordenação da Universidade de Dundee. O Projeto visou conhecer a situação das pessoas LGBTI+ em privação de liberdade para identificar meios e estratégias de atuação voltadas para a pressão por políticas públicas de melhoria da qualidade de vida dessa população, bem como para a redução dos processos de criminalização e incriminação das pessoas LGBTI+. E propor agendas de diálogo internacional, em que o I Seminário Internacional sobre Pessoas LGBTI+ em Privação de Liberdade, realizado no Rio de Janeiro em 2019, consolidou um primeiro passo nessa direção.

A pesquisa internacional financiada pelo UK Research Innovation e o Global Challenges Research Fund, e desenvolvida pela Coventry University (Inglaterra) com a parceria de outras 12 instituições ao redor do mundo, inclusive, a Uniperiferias/IMJA, girou em torno da decentralização da produção de conhecimento sobre a migração e suas consequências do Norte Global para os países onde a maioria das migrações ocorre.

Com pesquisas em 12 países, e seus 6 corredores de migração: Burkina Faso-Costa do Marfim; Etiópia-África do Sul, China-Gana, Egito-Jordânia, Nepal-Malásia e Haiti-Brasil, o MIDEQ construiu um entendimento baseado em evidências das relações entre migração, desigualdade e desenvolvimento. Nosso objetivo final é, e permanece após o fim da pesquisa em fevereiro de 2024, em traduzir esse conhecimento em políticas públicas e práticas concretas que melhorem a vida dos migrantes, suas famílias e as comunidades em que vivem.

A Uniperiferias/IMJA desenvolveu artigos e livros, seminários, animação, documentário e eventos internacionais, a partir dos materiais coletados na pesquisa qualitativa e quantitativa da pesquisa sobre a comunidade haitiana no Brasil, que será divulgada com o público em breve. Além, do constante diálogo com o poder público e com a comunidade haitiana, para conseguirmos sermos vetores de transformações nas mudanças das políticas públicas para migrantes existentes.

Confira a animação desenvolvida em parceria com o MIDEQ e a PositiveNegative: A história da migração.
Confira o livro: Acesso à Justiça: Reafirmando direitos para populações haitianas no Brasil
Confira o evento internacional: Diálogos Mudando Narrativas sobre Migração

Essa pesquisa foi desenvolvida no âmbito da 2º edição do Edital Pesquisadoras da Educação Básica nas Periferias, do Instituto Unibanco; realizada nas escolas públicas periféricas da região metropolitana do Rio de Janeiro, a partir de potentes práticas pedagógicas de professoras/es negras, com foco racial e/ou de gênero pela Uniperiferias/IMJA.
O resultado dessa pesquisa foi apresentado com uma rica e sistematizada experiência de produções textuais de conhecimentos outros, por meio de narrativas formativas antirracistas e anti-homofóbicas, elementos de potência da escola pública periférica. O objetivo foi contribuir para o desenvolvimento pleno das/os estudantes nas redes públicas de ensino, assim como para a melhoria dos resultados de aprendizagens. O livro apresenta seis potentes pedagogias que promovem a autonomia dos estudantes e a desconstrução de estigmas de raça e gênero, e faz parte de uma estratégia fundamental de reconhecer a potência da escola pública e seus sujeitos, fortalecer e visibilizar essa potência e criar mecanismos pedagógicos baseados em estudos, novas metodologias, novas formas de articulações institucionais e redes pedagógicas que permitam superar o machismo, o sexismo e racismo dentro do espaço da escola pública.

Editora Eduniperiferias, 2020.

Nos anos de 2018 e de 2019 foram realizadas pesquisas e ações antirracistas em escolas em vários estados brasileiros, por meio dos editais da Uniperiferias em parceria com o Instituto Unibanco. Em 2020, a Uniperiferias propôs retornar, remotamente, às escolas em que foram realizadas as ações nos dois anos anteriores para coletar informações - em 18 escolas públicas nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Bahia - que ajudassem a entender de que maneira tais ações realizadas nas escolas se relacionaram com aspectos específicos dos estudantes, de seus professores e gestores, no que se refere a relações raciais e de gênero.
A pesquisa investigou se as práticas antirracistas e antissexistas executadas puderam operar de distintas maneiras em aspectos como autoestima de estudantes, expectativas e ações de professores e formação docente, contribuindo efetivamente para a valorização das minorias étnico-raciais (pessoas negras, especialmente) nas escolas por meio de uma perspectiva antirracista.

A nova pesquisa foi guiada e girou em torno das seguintes questões:

Quais são as relações de práticas antirracistas com as trajetórias, projetos de vida, expectativas e autoestima de estudantes de escolas públicas brasileiras? Como os estudantes percebem essas relações?

Quais são as relações de práticas antirracistas com práticas docentes e de gestão acerca de relações raciais e de gênero em escolas públicas brasileiras? Como os professores e gestores percebem essas relações?

A pesquisa originou a publicação do livro: Ówe - demarcado identidades, suleando novos olhares: a centralidade dos dados raciais para a educação, lançado em 2022 pela Editora Periferias.

Por meio do edital "Pesquisadores da Educação Básica em Periferias", o Instituto Maria e João Aleixo/Uniperiferias firmou parceria com o Instituto Unibanco para realização de pesquisas em escolas de regiões periféricas no período de maio de 2018 a fevereiro de 2019, localizadas em cidade do Estado do Rio de Janeiro, - cidade do Rio de Janeiro: Maré, Campo Grande e Brás de Pina; Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Niterói e Itaboraí; - e outras três cidades: São Paulo, Salvador e Belo Horizonte.
Seus resultados foram registrado na publicação abaixo, em um compilado de artigos e produções de pesquisadoras da área da educação que estiveram envolvidas nessa pesquisa. São escritas que articulam projetos individuais, sendo o foco temático a questão do racismo e/ou gênero e sua relação com a equidade escolar.

Em 2019, o Itaú Social firmou parceria com a Uniperiferias/IMJA por meio do “Edital Potência das Periferias”, pesquisa que teve como objetivo valorizar o potencial educativo de vivências, histórias e memórias de territórios periféricos que, para além de espaços físicos, são espaços simbólicos de sustentação das identidades.
Os resultados dessa pesquisa foram incorporados ao livro abaixo, o qual discute sobre as definições usuais dos espaços periféricos frequentemente serem associadas a ausências, privações e carências. Essas definições falham, como bem sabemos, em expandir o olhar sobre o conjunto de argumentos sobre as formas de se viver, relacionar, resistir, criar e propor que fazem das periferias, favelas, quebradas e de seus moradores, territórios e sujeitos tão complexos e ricos. Neste livro buscamos entender as complexidades e particularidades nas múltiplas formas de sociabilidade, dignas de serem pesquisadas, exploradas e compartilhadas.